sábado, 24 de março de 2012

Incausado

1- POTENCIAL E CAUSA

Há uma grande diferença entre Potencial e Causa.
Potencial é a essência da possibilidade de um fenômeno.
Causa é o motor das consequências.
Podemos entender que a causa é concebivel porque se manifesta por haver um potencial.
Uma xicara em nossa mão evidencia um potencial de queda e choque quebrando-se contra o chão, mas a causa estará em nossa vontade ou descuido para solta-lá aos cuidados da gravidade.
O Potencial no caso deste exemplo é claro, mas pode ser questionado antes de tudo,por termos segurado a xicara, bem como, a existencia da xicara antes de tomarmos a mesma na mão. Como se trata de um exemplo localizado no campo fenomênico é não no conceitual, então é obvio que o mesmo tem uma causa anterior e como consequência estaria a nossa disposição para elaborar o potencial de queda ...
Mas o objetivo é simplesmente enquadrar um conceito usando o campo fenomênico porque não há outro tipo de campo fenomênico para nossa estrutura mental que não seja o fisico. 
O campo conceitual , aspectos subjetivos que possam até transcender o fenômeno, não nos permitem descrição outra que não seja fisica, ou como queiram fenomênico.

Ao buscar um campo onde o fenômeno é conceitual,  nos aproximamos  da idéia do Incausado.
A palavra fenômeno não é apropriada para esta consideração, dado que até então, a idéia aqui de fenômeno é extremamente ligada a acontecimentos fisicos que podem nos impressionar os sentidos, e muitas vezes, nos proporcionar alterações emocionais que aparentemente estão muito distante dos sentidos fisicos.
Mas procuramos um principio onde o Potencial possa ser entendido como algo que apenas permite sem interferir com os fenômenos, e como principio, não possua uma causa anterior, ou seja, é Incausado.

O Incausado em essência potencializa causas, entretanto, o Incausado não é motor de consequencias como muitas vezes se entende. Este conceito ainda precisará talvez de décadas, séculos ou milenios para ser algo que fará parte da estrutura mental dos Humanos.
Exemplo : Uma represa de aguas é um potencial enorme de energia, mas a energia resultante desta potencia se manifesta após algum rompimento ou abertura de suas barreiras, e se somos bastante honestos com uma lógica simples, percebemos nisto a consequencia do potencial em essência que estava como que hibernando. Vejamos agora... a represa é a causa ? ou apenas o potencial ? Entendemos a consequencia, mas não podemos destinar à represa a causa, pois ela é potencial. 


Charles Robert Darwin  foi um naturalista britanico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual . Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na Biologia.

Sem aprofundar sobre as críticas que recebeu e recebe ainda hoje, provinientes de vários ramos do conhecimento filosófico e religioso, aproveitamos para utilizar seu intuito para exemplicar mais adequadamente , o que é campo fenomênico e onde reinam causas , e o que é Potencial onde reina a plenitude e imobilidade. Com isto podemos aproveitar para isenta-lo de responsabilidades que lhe atribuem quanto a criacionismo.
Se buscarmos a história oficial de Darwin , veremos que ele rejeitou os padrões da religião de então, mas jamais afirmou ser um ateu.


Darwin se preocupava com fenomenos do ambito existencial , já estabelecidos,e não aos potenciais que porventura precedessem sua manifestação. Por isso não se pode atribuir a ele qualquer julgamento com relação a causas primarias da vida. E da mesma forma, podemos entender que o Incausado não necessariamente é a causa do Universo como o conhecemos, mas devemos considerar sim que é seu potencial. O motor das consequencias , este é a incognita que procuramos e por ser algo tão conceitual, descansamos pondo a "culpa de tudo que existe", em DEUS.

                                                                          
                                                           continua


2 - MOTOR DAS CONSEQUÊNCIAS


                    Zamarrenho


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